Eu…
Eu sou a que no mundo anda perdida,
Eu sou a que na vida não tem norte,
Sou a irmã do sonho, e desta sorte
Sou a crucificada... a dolorida...
Sombra de névoa ténue e esvaecida,
E que o destino amargo, triste e forte,
Impele brutalmente para a morte!
Alma de luto sempre incompreendida!...
Sou aquela que passa a ninguém vê...
Sou a que chamam triste sem o ser...
Sou a que chora sem saber porquê...
Sou talvez a visão que Alguém sonhou,
Alguém que veio ao mundo pra me ver
E que nunca na vida me encontrou!
Florela Espanca
quinta-feira, 31 de janeiro de 2008
Eu...
Publicada por 5.º A à(s) 00:04 0 comentários
Etiquetas: Poesia
segunda-feira, 21 de janeiro de 2008
O Codex 632 - José Rodrigues dos Santos
Publicada por aida à(s) 20:20 0 comentários
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sexta-feira, 18 de janeiro de 2008
Mais Platão menos Prozac.
As tradições hindu e budista integram as consequências de fazer mal no Karma, uma lei moral de causa e efeito. Como diz o ditado popular, "tudo o que sobe tem de descer". Ou como S. Paulo disse no Capítulo 6, versículo 8 da Epístola aos Gálatas: " porque aquilo que semear o homem isso também segará. Se fizermos o bem, o bem regressará a nós; se fizermos mal, sofreremos o mal. Lou Marinoff
Publicada por Ana Paula Feliciano Graça à(s) 21:10 0 comentários
Etiquetas: Pensamentos
Pensamentos...
Só existem duas coisas infinitas:
o universo e a estupidez humana.
E não estou muito seguro da primeira...
Albert Einstein
Publicada por 5.º A à(s) 01:22 0 comentários
Etiquetas: Pensamentos
Creio...
CREIO...
Creio nos anjos que andam pelo mundo,
Creio na deusa com olhos de diamantes,
Creio em amores lunares com piano ao fundo,
Creio nas lendas, nas fadas, nos atlantes,
Creio num engenho que falta mais fecundo
De harmonizar as partes dissonantes,
Creio que tudo é eterno num segundo,
Creio num céu futuro que houve dantes,
Creio nos deuses de um astral mais puro,
Na flor humilde que se encosta ao muro,
Creio na carne que enfeitiça o além,
Creio no incrível, nas coisas assombrosas,
Na ocupação do mundo pelas rosas,
Creio que o amor tem asas de ouro.Ámen.
Natália Correia
Publicada por 5.º A à(s) 00:57 0 comentários
Etiquetas: Poesia
quinta-feira, 17 de janeiro de 2008
Lágrima de preta
Encontrei uma preta
Olhei-a de um lado,
Mandei vir os ácidos,
Ensaiei a frio,
Publicada por Alberto à(s) 23:34 0 comentários
Etiquetas: Poesia
sexta-feira, 11 de janeiro de 2008
Arriscar
Arriscar
Há pessoas
que nunca se interrogam
sobre o que se avista
do alto de uma montanha
ou sobre se é possível
lançar o disco
a 100 metros de distância
Essas pessoas nunca arriscam...
Há pessoas
que nunca perguntam
qual é a causa da pobreza
ou porque é que as outras pessoas
parecem infelizes
Essas pessoas nunca arriscam...
há pessoas que nunca tentam
modificar o que está mal
ou modificar-se
a si próprias.
Essas pessoas nunca arriscam...
Há pessoas que nunca sonham
com um mundo mais justo
nem com a liberdade e a paz.
Essas pessoas nunca arriscam...
Felizmente que
algumas pessoas
são capazes de arriscar.
Leif Kristiansson
Publicada por rosario sousa à(s) 16:48 0 comentários
Etiquetas: Poesia
quinta-feira, 10 de janeiro de 2008
O Menino de Sua Mãe
O Menino de Sua Mãe
No plaino abandonado
que a morna brisa aquece,
de balas trespassado
duas, de lado a lado,
jaz morto, e arrefece.
Raia-lhe a farda o sangue.
De braços estendidos,
alvo, louro, exangue,
fita com olhar langue
e cego os céus perdidos.
Tão jovem! Que jovem era!
(agora que idade tem?)
Filho único, a mãe lhe dera
um nome e o mantivera:
“O menino de sua mãe”.
Caiu-lhe da algibeira
a cigarreira breve.
Dera-lha a mãe.
Está inteira a cigarreira.
Ele é que já não serve.
De outra algibeira, alada
ponta a roçar o solo,
a brancura embainhada
de um lenço … deu-lho a criada
Velha que o trouxe ao colo.
Lá longe, em casa, há a prece:
“Que volte cedo, e bem!”
(Malhas que o Império tece”)
Jaz morto,e apodrece.
O menino de sua mãe.
Fernando Pessoa
Publicada por 5.º A à(s) 00:51 0 comentários
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sexta-feira, 4 de janeiro de 2008
"Procura a maravilha "
Procura a maravilha.
Onde o beijo sabe
A barcos e a bruma.
No brilho redondo
E jovem dos joelhos.
Na noite inclinada
De melancolia.
Procura.
Procura a maravilha.
Eugénio de Andrade
Publicada por Célia Neto à(s) 00:04 0 comentários
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quinta-feira, 3 de janeiro de 2008
Neste Novo Ano...as palavras do poeta:
Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor de arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação como todo o tempo já vivido
(mal vivido ou talvez sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser,
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)
.Não precisa fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar de arrependido
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto da esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um ano-novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo de novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.
Carlos Drummond de Andrade
Publicada por Célia Neto à(s) 02:55 0 comentários
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